Essa representação acima, mostra um modelo com o conceito de boas práticas em T.I. (Boas Práticas se baseiam em ações que darão ao seu ambiente performance, segurança e escalabilidade). Iremos falar sobre os pontos mais importantes deste modelo mais adiante, mas antes, preciso que o compare com o cenário mais comum de ser encontrado nas empresas (veja abaixo) e identifique qual dos dois está mais próximo da sua realidade.
Na representação acima, os equipamentos da rede local são ligados diretamente ao modem da operadora e toda a rede passa a compartilhar os mesmos endereços ips que vem padrão nestes modens. Caso seja necessário trocar o modem ou mudar de operadora, todo endereço interno da rede mudará. O uso do Wi-Fi do modem da Operadora (é um wi-fi doméstico!) é padrão e não existe impressora de rede e quando existe, é uma impressora de rede sem fio. A impressora é normalmente ligada a uma das máquinas locais e compartilhadas por meio da rede Microsoft. Dispositivos sem fio tais como: celulares e tablets sejam de colaboradores e / ou de clientes, se conectam na mesma rede corporativa. Os casos de acesso externo à rede da empresa por algum colaborador que não tenha ido trabalhar são dificultados, quando inexistentes.
Infelizmente este cenário está presente na grande maioria das empresas. A Boa notícia é que o impedimento de evoluir para um cenário que contemple boas práticas é a falta de informação.
A Primeira norma das boas práticas em T.I. é alterar as configurações do modem da operadora e evitar usar a configuração padrão de quando o modem é instalado. Outra mais importante ainda é evitar ligar os equipamentos da sua rede local diretamente no modem. O uso de um elemento inteligente entre os dispositivos da sua rede local e o modem da Operadora é muito importante. Esse elemento é tecnicamente conhecido como Firewall e recomendamos que seja feito com Sistema Operacional Linux, que permite realizar outras tarefas importantes além de proteger seus dispositivos de acesso externos indesejados.
Muitos clientes nos perguntam qual a melhor rede para ser usada, a com ou sem fio? Temos um artigo que explica isso em detalhes (
link para o artigo), mas adiantamos que a rede com fio é muito melhor, mas, consideramos que a sem fio também tem um papel importante na mobilidade, portanto, ambas devem ser consideradas.
A rede sem fio dará suporte auxiliar à rede com fio e deverá ser prioritariamente utilizada por dispositivos que não tenham a possibilidade de usar um cabo de rede, tais como: celulares e tablets. Os demais, devem prioritariamente ligar-se à rede via cabo.
As redes sem fio são tecnologias que sofrem com diversos tipos de interferências e uma das principais, é a concorrência de outras redes ao redor. Atualmente é possível verificar que para cada local que você for, existem pelo menos uma dezena de dispositivos sem fio funcionando e disputando entre si para transmitir o seu sinal.
Estes dispositivos sem fios são divididos em dois grupos, os residenciais e os empresariais, seus preços variam muito. Um dispositivo residencial pode custar em torno de R$ 100,00, enquanto um empresarial não sai por menos que R$ 1.000,00. Acredite que o investimento em um dispositivo empresarial vale cada centavo (
link para o artigo).
No modelo de boas práticas que apresentamos no início, é possível ver dois destes dispositivos (podem e devem existir outros mais, isso dependerá de cada caso). Um deles é o sem fio interno, para uso interno da empresa e o outro é o Sem fio para visitantes. Separar o uso da rede por visitantes e colaboradores ajuda a proteger o seu ambiente de pragas virtuais e de instabilidades na rede, normalmente provocadas por dispositivos externos(
link para o artigo).
O dispositivo sem fio para visitantes está ligado diretamente no Firewall, evitando assim que o tráfego gerado por ele passe pela rede local, dessa forma o firewall garante que o tráfego gerado saia apenas com destino à Internet.
Além de o dispositivo sem fio dever ser de um perfil empresarial (mais robusto) ele precisa ser do tipo “Bridge” e não do tipo “Router” (já existem dispositivos que podem ser ambos, basta configurar da maneira adequada). Desta forma, o elemento de controle da rede (o firewall) ficará encarregado de ajustar as configurações de ips da rede de cada equipamento, permitindo assim, mais controle sobre o tráfego da rede local com a Internet.
Outro ponto importante de boas práticas, é desativar a função sem fio do modem da operadora. Só o fato desta função estar ligada, já ajuda a interferir nos demais dispositivos. Desabilitar também o serviço de D.H.C.P., evitando conflitos e / ou usos indevidos da Internet (
link para o artigo).
Outra dúvida recorrente é sobre o uso de impressoras (
veja nosso artigo sobre esse assunto) Recomendamos sempre que possível o uso de impressoras de rede com fio. Evite ao máximo impressoras de rede sem fio. O tráfego de impressões pela rede sem fio poderá baixar consideravelmente sua performance.
A próxima regra de ouro das boas práticas é evitar ao máximo o compartilhamento, seja de pastas e / ou impressoras na rede pelos equipamentos dos colaboradores. Se há a necessidade compartilhar arquivos entre os equipamentos, utilize-se de um servidor de arquivos em Linux (sem custos com licenciamento). Com isso você mantém as máquinas seguras e centraliza no servidor de arquivos todos os acessos. Naturalmente se há a necessidade de um servidor de arquivos, é fundamental ter um servidor para fazer uma cópia de segurança destes dados (Backup). Recomendamos o uso do Linux com o sistema "Bacula", ambos gratuitos.
Na representação de boas práticas é possível ver uma linha tracejada em vermelho, simbolizando uma ligação de um usuário externo à rede da empresa. Essa tecnologia é conhecida como VPN e permite troca de dados com criptografia em um canal seguro. Esse serviço poderá ser instalado no Firewall / Linux que é gratuito e livre de licenças, podendo se conectar à empresa, um número ilimitado de usuários.
O “switch” é fundamental neste modelo. Ele é o dispositivo onde todos os cabos de rede são ligados e é ele que permite a comunicação entre todos os dispositivos. A regra aqui é evitar ao máximo vários deles interligados entre si. Claro que cada caso deve ser devidamente analisado, mas em linhas gerais, o ideal é a existência de um único “switch” onde todos estejam interligados diretamente.
Para fecharmos essa explanação sobre este modelo, não poderia faltar a segurança e pragas virtuais. Nem sempre investir em antivírus pagos é a resposta. Vários são os fatores que precisam ser considerados aqui. Três ações podem reduzir os problemas com pragas virtuais em seu ambiente em 95%. A primeira é nunca usar o usuário de trabalho do computador com prerrogativas de Administrador. Crie um usuário padrão, trabalhe com ele e se precisar instalar qualquer coisa, use o usuário administrador para isso. A segunda é dar preferência a usar o antivírus da Microsoft que está presente a partir da versão do windows 7 ao invés de uma antivírus gratuito de qualquer fornecedor. A terceira e mais importante é aplicar uma política de acesso à Internet restritiva, ou seja, o usuário só poderá acessar destinos permitidos pelo firewall, demais destinhos serão automaticamente bloqueados. Temos um artigo completo sobre este assunto aqui (
link para o artigo).
Finalizamos com a mensagem de que é possível alcançar esse modelo proposto com um investimento baixo. Só na utilização de Servidores Linux, já se economiza uma enormidade de dinheiro que seriam gastos com licenças de softwares pagos (
link para o artigo), além disso, é possível implementar o novo modelo por partes e em etapas, de modo que seja planejado este salto ao longo do tempo e com tranquilidade.
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Use softwares livres e seja um(a) adepto(a) das boas práticas sempre.
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