Visão de Rede

Artigo: Pragas virtuais, como se proteger?

Dantas, Maurício Tourinho
Analista de Sistemas
Consultor Técnico da Viewnet Tecnologia da Informação
Escrito em: Dez/2019 e Revisado em: Out/2022


 A segurança é importante em qualquer ocasião, seja na sua residência ou no seu trabalho. As pragas eletrônicas estão em todos os lugares, sejam em sites contaminados, em e-mails falsos ou em pendrives.

 Seja como for, o importante lembrar é que o agente que leva as pragas a qualquer ambiente é o usuário. Se o usuário não clicar num link, acessar um site e / ou abrir um "pendriver" contaminados, a praga não será instalada nas máquinas e na rede.

 As últimas verões do Windows melhoraram muito nessa questão de segurança, mas os usuários precisam colaborar. Uma ação importante que reduz em 95% os problemas com a contaminação de pragas virtuais é o usuário não trabalhar no computador com prerrogativas de administrador da máquina.

 Sempre que um computador novo é ligado e o usuário segue todos os passos informados pelo fabricante, ao final de todo o processo, esse usuário é administrador local da máquina. É neste momento que é necessário criar outro usuário com prerrogativas de usuário padrão, sair desse atual e passar a utilizar o usuário padrão no dia a dia. Caso precise instalar algo novo, utilize-se do usuário administrador criado na instalação.

 Na prática, pouquíssimas empresas se preocupam com isso, mas, é sem dúvida uma ação importante. Quando se trabalha com um usuário padrão, qualquer tentativa de uma praga virtual se instalar no seu computador, irá provocar uma tela pedindo o usuário e senha do administrador, sem a qual, a praga não irá conseguir contaminar a máquina.

 Caso seja o próprio usuário tentando instalar um programa, ele deverá informar este usuário e senha, e a instalação será processada normalmente. Caso o usuário não possua estas credenciais do administrador a instalação não deverá ocorrer.

 Se o usuário estivesse usando uma conta com prerrogativas de administrador, uma praga virtual seria instalada sem ser notada. Em ambientes empresariais essa regra é ainda mais importante.

 Normalmente em uma empresa existe uma área de TI que cuida disso tudo, mas se não houver, adote você mesmo essa prática e fique mais tranquilo para usar o computador.

 É comum ver muitos usuários usando antivírus gratuitos e esquecem que as últimas versões do sistema operacional da Microsoft (Windows, 7, 10 e 11) já vem com antivírus embarcado.

 Esses produtos só perdem para os antivírus pagos, mas as suas funcionalidades em conjunto com boas práticas (uso de usuário padrão nos computadores e acesso restrito à Internet) atendem perfeitamente.

 Usar um antivírus pago não lhe garante 100% de proteção, aliás, nada é 100% garantido quando se trata de pragas virtuais. A moda mais recente são os Ransomware, pragas virtuais que criptografam seus dados e os dados do servidor de arquivos aos quais tem acesso também. Faz isso em silêncio e quando você tentar abrir os seus arquivos, receberá uma mensagem solicitando um pagamento de resgate para ter seus dados de volta. Os antivírus pagos não detectam todos os ransomwares, apenas aqueles que já foram estudados, mas a cada dia nascem outros e outros.

 Só quem passou por isso sabe dimensionar o pânico que dá. Tem empresas já vendendo a possibilidade de recuperação desses dados criptografados, mas, as garantias de que consigam são baixas e também é um trabalho demorado.

 Sua melhor opção é recorrer ao backup (cópia de segurança) dos seus dados. Caso o tenha e esteja atualizado, o mantenha longe do seu computador até que possa formatá-lo e reinstalar uma versão limpa do sistema operacional. Se não fizer isso e o Ransomware tiver acesso aos dados do seu backup, ele certamente irá criptografá-lo também.

 Na realidade as pessoas não lembram de fazer o backup dos dados e as que lembram, nem sempre o fazem com a frequência necessária. Numa empresa, ter um servidor de backup é como ter extintores de incêndio nos prédios que, aliás, as pessoas só os têm, porque podem ser punidas civil e criminalmente se houver um sinistro e não for constatado que não havia estes itens de segurança a disposição.

 As boas práticas (veja esse artigo completo) recomenda muito sua utilização e podem ser feitos com servidores Linux e a ferramenta de backup Bacula, ambos sem custos com licenças e totalmente gratuitos (veja esse artigo sobre o Linux/Bacula).

 Dado que o backup esteja em dias, a máquina ou máquinas devidamente formatadas(s) (porque é difícil saber onde a praga está) é repor dos dado e vida que segue.

 É como o primeiro pileque. Logo no início da ressaca, vem as promessas de nunca mais beber, mas, em pouco tempo, lá estamos nós novamente nos arriscando na Internet.

 Em resumo, adote as boas práticas em TI que seriam: uso de um usuário padrão (sem direitos administrativos na máquina), antivírus do próprio sistema operacional ao invés das versões gratuitas de antivírus pagos, ou o uso de versões pagas, observando os mesmos cuidados descritos aqui e não esquecer de um bom firewall.

-Use softwares livres e seja um(a) adepto(a) das boas práticas sempre.
-Estamos disponíveis para dúvidas tanto no WhatsApp quanto no Telegram (71) 98802-3465.